quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Solidez

Existem coisas tristes. Muito tristes. Por que sentir tristeza quando se perde alguém, quando algo dá errado ou simplesmente não compreendemos o sentido de estar aqui? Uma dor que aperta lá dentro e não passa, por nada desse mundo. Instala-se no peito, como algo que aperta, esmaga, destroça. Acaba com o riso, com a vontade de respirar...Mas mesmo assim continua-se respirando.

Dormindo, acordando, vivendo.

O vazio espanca sempre que se fecha os olhos pra dormir. E quando o sono derruba a angústia desperta.

Mas dorme-se, acorda-se, vive-se, Um viver apagado, empurrado, mas não acabado.

A dor passa, ou ameniza. Dá se tempo ao sentimento. As vezes se guarda, mas está ali. Não mais latente.
Apenas guardado na gaveta da memória.

Anos depois, ela continua engavetada, porém outras lembranças a transformam. E isso é o aprender.

A dor serve pra continuar, pra resgatar a esperança de algum lugar no fundo, bem no fundo. É a crença, a fé de que se deve continuar.

Transformar a vida numa luta diária e conceituar a perda, encontrar sentido ao sentimento. Compreender o incompreensível. E transformar os anos passados na terra em algo sólido. A lembrança!





quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Poderia ser meio burro...mas estão todos totalmente cheio de opiniões

Existem várias atitudes ou falta delas que podem gerar uma reação. Formar uma opinião sobre um fato ou outro leva tempo. É necessário pesquisar, ler, procurar várias fontes. Tentar encontrar a oposição. Porém com a informação na velocidade atual, como ir além do google? Quer saber de alguma coisa? Wikipédia.

O problema é que todos acham que sabem demais. Estão todos conceituando o mundo, a maior fantasia em cima do preconceito. Porque simplesmente não se têm dados, apenas uma rápida pesquisa virtual. Que raramente passa do terceiro clique. 

Hoje eu assisti algumas ações publicitárias que foram os maiores desastres das marcas nas mídias sociais em 2012, vou usar isso como ilustração mais tarde. Poderia usar algumas coisas que vejo no meu dia a dia, tanto na vida real como na virtual (tem gente que ainda as separa). Também poderia usar exemplos clássicos, como o do ídolo nacional que faleceu algumas horas atrás. Mas o meu objetivo não está centralizado na ação em si, mas no que tem gerado esse comportamento.

Eu sei que temos a massa, sempre teve. Porém os idiotas eram idiotas, e os gênios eram gênios. Os idiotas se limitavam ao seu papel sem tentar transmitir opiniões. Eles sabiam que não as tinham. Mas agora eles tem o google, o facebook...sei lá mais o que. E em suas mãos. Alguém pergunta pra você o que é azul, e se você não sabe, a sugestão mais lógica é que vá buscar no google. Antigamente quando não se sabia de algo, perguntávamos. A resposta poderia ser um simples: -é uma cor...como poderia vir com alguma opinião camuflada, ou não. Caso fosse uma questão mais elaborada, poderia ser feita uma pesquisa. Perguntar pra várias pessoas e escutar o que o outro tem a falar sobre tal assunto. Assim, com várias opiniões e informações, quem sabe poderia se formar uma opinião, um conceito do assunto. Quem sabe. Mas as vezes era só pra se informar.

Agora não há necessidade de se perguntar nada pra ninguém. Todos tem um google nas mãos, está no bolso ou na sua tela. E assim como os idiotas só liam as manchetes e o lead com muito esforço, agora não passam da segunda página. Basta ler as opiniões dos que leram as opiniões. Para que ler o texto?
E isso pode ser um dos fatores que gerou a essa geração de idiotas que acreditam ter opiniões. Na verdade só tem opiniões e mais opiniões e a mais pura verdade reinando em seus egos. Como aprender se já sabemos tudo? Ecoitado daquele que tiver uma atitude diferenciada. Que saia do eu sou contra, eu sou a favor...ninguém entende. Simplesmente passa batido.

Pois bem, voltando na história dos desastres. Não se pode mais fazer uma brincadeira, uma ironia  Temos que saber as palavras que são politicamente corretas e tomar o maior cuidado com as atitudes aparentes. Por mais que se tenha boa intenção, ou nenhuma,  (aposto que quando se tem uma má é tão bem feito que ninguém percebe) já se acredita fielmente que isso ou aquilo pode levar alguém a ficar traumatizado ou a ter um comportamento compulsivo. Caso um homem abrace uma mulher por trás e junto tenha uma frase irônica, com uma careta engraçada, isso estará influenciando que homens possam acreditar que estuprar mulheres é certo. Ou então que cinco chocolates em forma de flor transmita algo relacionado a drogas.

Não tenho nada a favor dessas propagandas, nem contra. Na verdade o que eu não consigo compreender, é como todo mundo é burro. Assumiram a posição de reféns da mídia. Realmente uma propaganda tem o poder de influenciar. E em vez de simplesmente não olhar, ignorar,  é o contrário. Fortifica-se comentado no final do ano como as dez mais mais!

Várias vezes já vi mensagem falando pra não acessar tal perfil porque é de pedófilo, acho que até já proibiram de passar esse tipo de mensagem. Mas isso demonstra bem esse tipo de força contrária. Agora gostaria de ser teórica pra citar alguém pra demonstrar, sei que isso que falei é um tema antigo e tem conceito gerado, mas eu conheço minha posição nesse mundo, sou humilde o suficiente pra dizer que não me lembro de nenhum por que essa não é minha praia. Sei que existe. Depois até pergunto pro meu amado marido que sempre tem alguma coisa inteligente pra acrescentar aos complôs da minha alma. Mas já são quase duas, eu ainda preciso terminar um trabalho...Mas acho que vocês entenderam. Caso eu tenha tempo, amanhã eu escrevo mais sobre o assunto!!!

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

E um viva pra mentira!


Conhecem aquela expressão "O sistema tá certo e é você quem está errado"? Pois bem, tenho pensado muito nessa máxima, que diz estar correto eu mentir, enganar, me dar bem, consumir, dar a vida em prol de uma, duas...sei lá quantas empresas, criar fidelidade e acreditar numa beleza inexistente. A mentira institucionalizada. É incrível como a falsidade é aceita. 

As vezes eu sinto como se estivesse louca, sei lá, com picos de alucinação mesmo...eu vi, sei que vi...mas tenho que fazer de conta que não. Uma questão de educação? Ou discrição? Não, é uma questão de mentira! 

Passam a vida toda falando pra uma criança que ela deve falar a verdade. Pra que? Pra que falar da verdade se tudo que vivemos é uma mentira? 

Então que mintamos todos de uma vez e aceitemos isso como a grande verdade. O sistema é uma mentira, a economia é ilusória, a modelo inexistente, a sensação de segurança (ou insegurança) imposta...

Não é difícil, bem, acho mais fácil digerir a mentira do que simplesmente ignorá-la...

E eu sei quem mente, quando mente...mas não se preocupe, mesmo que eu não seja discreta...ninguém fará nada, pois todos mentem!

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Sinceramente, depois de ler a notícia de que eu terei que pagar os impostos dos senadores, to com vontade de me suicidar. Vergonha de não fazer nada, ódio de se eu fizer é capaz de eu ir pra cadeia. Que merda de país é esse? Que povo é esse? Vcs são o que? Eu sou o que? Parabéns! Podemos nos considerar o povo mais idiota do mundo. Voltarei ao meu trabalho e se conseguir fazer uma caixinha, o que é mto difícil com os impostos que pago, vou embora. Ódio de todos vcs. POlíticos malditos, a praga que rogo é a infelicidade de todos os seus herdeiros, que toda a sua família tenham doenças incuráveis, que nunca tenham amores reais. Odeio vcs. Enfiem no rabo o dinheiro sujo que nos roubam. A nossa dignidade. A nossa educação. A nossa paz. Vcs vão pagar...ah se vão.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

MORTE MORTOS

Um dos sentidos do Halloween/Finados está na sintonia com os que já partiram.


Devemos lhes enviar mensagens de amor e harmonia. Essa noite é de alegria e festa, pois marca o início de um novo período em nossas vidas, sendo comemorado com muito ponche, bolos e doces. O altar deve ser adornado com maçã, o símbolo da vida eterna. O vinho é substituído pela sidra ou pelo suco de maçã. A energia deve ser adornada com muitas brincadeiras, dança e música. Os nomes das pessoas que já se foram são queimados no Caldeirão, mas nunca com uma conotação de tristeza! Não devem faltar as tradicionais abóboras com velas dentro. E todos os presentes devem ouvir a seguinte explicação:


Na noite de Halloween comemora-se a morte do Deus e o mundo mergulha na escuridão. A Deusa vai ao Mundo das Sombras em busca do seu amado, que está esperando para nascer. Eles se amam, e, desse amor, a semente da luz espera no Útero da Mãe, para renascer no próximo Solstício de Inverno como a Criança da Promessa. A Roda continua a girar para sempre. Assim, não há motivo para tristezas, pois aqueles que perdemos nessa vida irão renascer, e, um dia, nos encontraremos novamente nessa jornada infinita de evolução.

Datas roubadas



A Alice veio me perguntar se vou rezar pro meu pai. Eu falo com ele todos os dias. Nunca na minha vida vou entender esse negócio de se criar um dia pra fazer algo específico. Aliás, sei como finados, natal, páscoa... foram criados, e além da pasmaceira social que se tem que fazer nestas datas, não sou parte dessa crença. Dentro de mim, todas essas datas comemorativas soam como uma grande farsa.  

Na minha alma sinto que essas datas encobrem um sentido real de contato com o mundo invisível. Elas tinham sentido. O Natal e a Páscoa eram datas que comemoravam a virada de estação. Um agradecimento aos deuses e um pedido para que os espíritos lhe concedessem boas colheitas. O próprio finados, data comemorada hoje, era para os Celtas o fim de um ciclo, de um ano produtivo, era quando a colheita tinha acabo de se encerrar e de ser estocada para ser consumida nos meses frios e escuros do inverno neste período nesta região. 

Nesta celebração do fim de um ano, acreditava-se que este seria o dia de maior proximidade entre os que estavam encarnados e os desencarnados. Nas festas, de muita alegria e comemoração por este fato também, cada um levava algo como uma vela ou uma luminária que era feita em gomos de bambu (ou abóboras), a fim de se iluminar os dias de inverno que estariam por vir. 

O povo e as terras Celtas foram dominadas pelos romanos, famosos por suas armas e estratégias de guerras e conquistas, porém pobre em intelectualidade. As culturas se misturaram e expandiram. E com a criação do cristianismo essa data (como todas as outras) foram transformadas em festas católicas. Pois era a melhor forma de fazer com que os pagãos se transferissem para a nova crença imposta pela igreja. Eles poderiam ter sidos originais, não acham?
Mas claro que com a mente direcionada para o material, esqueceram que essas crenças estão guardadas nas nossas almas, e nem com a Inquisição conseguiram apagar isso da memória do mundo. 

E não me rebelo contra quem vai aos cemitérios, isso pouco importa pra mim. Na verdade não compreendo porque as pessoas dão tanto valor a vermes, pois é isso que tem a 7 palmos da terra: ossos e vermes. Acho idiota. E contraditório. Pois se Jesus veio até aqui, morreu, ressuscitou, falou um monte sobre o amor e  Reino de Deus e continuamos a valorizar a matéria, é porque não foi entendido algo. 

Ninguém segue o que ele disse...Gente, as pessoas vão na igreja e escutam e leem essas palavras no livro mais famoso da cultura ocidental, mas simplesmente ignoram e julgam o próximo com falso moralismo. Confundiram a frase do "ame ao próximo como a ti mesmo" e acreditam que só podem amar os iguais. Não, isso é uma distorção. Ame, independente do quão diferente o seu irmão de mundo é, e não falo de cor, mas de crenças. Pois fazemos parte de uma mesma alma, enquanto um ser sofrer, todos sofreremos. 

E finalizando, todos nós morremos, e o que importa é como você amou, como você foi solidário, como tratou os irmãos de mundo. Não as porcarias das flores no túmulo

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Fim do Mundo


Pedras de fogo caem do céu e todos correm. Medo de morrer, medo do desconhecido. Passaram a vida toda escutando sobre o tal reino dos céus. Deus. Um tal de Jesus que veio e reencarnou. Todo santo ano a mesma ladainha, as mesmas músicas e enfeites. Compras. Inferno no estacionamento. Ceia farta. Programas especiais na semana natalina e presentes.
E aquelas pedras caindo do céu. Pessoas desesperadas.
- Oh, meu Deus, por que eu?
- Oh, não quero morrer!
Pessoas se escondem e rezam nas igrejas que são atingidas por bolas incandescentes, cruzes ardem e estatuetas ocas se desmancham. Fim do mundo? Apenas meteoros. Apenas a morte. Morte tão viva, presente em toda a história. Um pouco mais do que apenas uma morte, mas uma limpa. Uma catástrofe que tira os covardes, os sem alma, o material.
A igreja, casa do deus materializado pelo homem carnal. Do deus que é a sua imagem e semelhança. Mesquinho e tirano.
As bolas de fogo caem sobre todos, poucos sobrevivem, crianças inocentes, nem todas, pois muitas já estão dominadas pelo pensamento material, de que deus se transformou em homem e criou uma igreja com um monte de padre e dogmas. E regras e imoralidades.
O fogo se espalha pelas ruas, atinge as escolas, centro de adaptação ao mundo, à sociedade. Queimam cadernos e carteiras, livros que transportam histórias criadas para doutrinar o não questionamento. Pessoas imploram para que não sejam levados ao Reino de Deus.
Um desastre, uma chuva de pedras de fogo para limpar e deixar apenas os que creem no amor. Na solidariedade. Sem casas, carros e ruas. Mas sabedoria e compaixão. 

BOSTA DE HONESTIDADE


Por que é necessário tantas informações e comprovações para mostrar que eu não sou bandida? E por que o estado tem tanto medo de ser roubado? E pior, por que me sinto roubada pelo estado cada vez que preciso comprovar que eu não vou roubar?

É essa a civilização que se diz tão pra frente? A mais coerente e que domina quase o mundo todo? Graças a ambição desmedida dos dito ser humano tenho que passar por dificuldade idiotas. Comprovar que eu sou eu. Vão pra puta que pariu! Por que cargas d'água o idiota do ser humano precisa ser tão imbecil a ponto de prejudicar a própria espécie. Por que esses descendentes de macaco precisam comprovar alguma coisa através de bens materiais?

Caso a ambição fosse usada para o bem comum e não para o "crescimento pessoal" não estaríamos vivendo nesta situação de violência. Até porque crescimento pessoal está muito mais ligado ao crescimento da conta bancária do que de qualquer outra coisa.
Eu estou exausta de ter que viver atrás de dinheiro. Não basta trabalhar, na verdade quem trabalha não ganha, ganha quem é mais "experto". Quem passa a perna. Porque através da legalidade, quando não se é roubado por um lado, é por outro, se é roubado legalmente. Além da esperteza dos empresários que acreditam que o carro 0KM vai fazer seu pau crescer, ainda tem a merda do Estado, que fatura nas costas dos idiotas honestos através de 500 mil impostos que só Deus sabe para onde vai esse dinheiro.
E sabe o que é pior? Ainda dizem que você, ou eu, que tentamos sobreviver nessa selva de pedra, é que temos que ser HONESTOS. Vão pra puta que pariu.
O que é honestidade?
Honestidade é pagar imposto e trabalhar como escravo?
Honestidade é não jogar lixo no chão?
Honestidade é ficar na fila do SUS (ou planos particulares já que não basta pagar, tem que se fuder) com filho ardendo em febre porque a bosta do médico prefere atendimento particular, já que ele precisa comprar a bosta do carro 0Km?
Honestidade é ter que passar a vida se preocupando com a porra do dinheiro que vai pagar moradia e alimentação para sua família?
Eu tenho que ser honesta...então to sendo: enfie a honestidade de vocês no CÚ!
Porque eu sou honesta e só me fodo nesta merda de país!

E você, é honesto?
Tá feliz de pagar seus impostos que vão parar na cueca de alguém, sua conta de telefone que não funciona, sua internet que cai, sua TV a cabo que só tem propaganda, seu plano de saúde que joga sua consulta pra daqui 3 meses? O que mais, cita aí!

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Crack


Mendigo e drogado tem q ser feio. Se for bonito tá errado. Ah...me polpem!

Vão ali na região da cracolândia, tem um monte de classe média que virou mendigo, pq? Ué, o que o mundo oferece aos viventes? É isso que dá viver de imagem, é vazio. E quem ainda não se acomodou, ou se conformou, não sabe pra onde correr. Uns correm pro bar, mas no bar as mascaras continuam, as vezes meio penduradas e aí s

e dá vexame. Ou se é um ou se é outro.

As famílias estão desestruturadas. As instituições religiosas ou filosóficas são hipócritas. Quem deveria dar a base nos engana. Mostram uma coisa e fazem outra.

Todo esse jogo de máscaras tem uma consequência. Existem pessoas que tem alma e não suportam viver de jogos de imagens, crie seu filho com duplas mensagens ou um eterno insatisfeito e verá os resultados. É isso que o consumo gera, insatisfação.

Enquanto o "Marketing Pessoal" for predominante na sua vida, tenha medo do que seu filho possa vir a ser.

Falta amor nesse mundo. Para amar não precisa parecer. Amor é sentimento e a humanidade só será digna quando o amor for incondicional.

sábado, 22 de setembro de 2012

PESSOAS


Existem
Pessoas surdas.
Pessoas que não escutam.
Pessoas que não entendem.
E pessoas canalhas.
As pessoas surdas tem visão, compreendem algumas coisas diferentes do resto do mundo. Isso pode limitar a comunicação, mas atualmente isso não ocorre quando os que estão com o surdo compreendem formas diferentes de língua.
Pessoas que não escutam não são surdas, elas ouvem, mas não prestam atenção. Não adianta gritar, nem falar com as mãos. Será sempre ignorado.
Pessoas que não entendem são aquelas que até escutam, mas são limitadas, não conseguem ir até o final do raciocínio.
Mas os piores são os canalhas, esses não entendem, não escutam, não querem chegar no fim do raciocínio e ainda dizem que você disse que disse. Além disso moldam seus próximos como sua imagem e semelhança, sem que exista algum tipo de realidade nisso.
Conviver com uma pessoa assim custa o caráter, pois cair na tentação da briga é fatal, e isso pode acontecer com certa relevância.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Da Servidão Moderna - Jean-François Brient



"O Sistema Mercantil Totalitário realizou o que nenhum totalitarismo conseguiu fazer antes: unificar o mundo a sua imagem. Hoje não existe exílio possível".

No Livro Admirável Mundo Novo, do Aldous Huxley, havia. A realidade é bem pior do que a ficção. 
Sem saídas


terça-feira, 28 de agosto de 2012

Todos são Juízes no Brasil



Tanto no futebol como na política todos se julgam juízes. Na mesa de um bar isso pode soar como bate papo informal. Ou até mesmo no cafezinho durante o trabalho, porque não dar uma de "sabe tudo" e dizer que fulano de tal é bandido e o outro é mensaleiro? Nada demais, são papos fora do contexto formal. Porém as salas de aula de ensino médio precisam formar cidadãos críticos e não ir na onda da imprensa e julgar antes dos juízes. Não concorda?

Minha filha estuda numa escola católica, bem católica por sinal. Lá ensina-se que Deus está em cima, em baixo, dos lados e toda hora estará convosco, conosco e com todos. E nessa escola os alunos do ensino médio foram orientados a fazer um mural sobre o Mensalão. É o papo da moda, todo mundo fala do mensalão. A imprensa já fez o julgamento antes de qualquer juiz, pratica corriqueira na atualidade, nem sei mais porque se formam advogados e muito menos porque alguém se mata de estudar pra seguir carreira no judiciário, é só virar jornalista que você dominará a opinião pública(mas tem que ser o dono do jornal), que não é assim nenhuma brastemp.  Porém a escola é o primeiro lugar que deveria ensinar os alunos a fazer uma análise crítica dos fatos, porém nessa escola eles já os julgaram mensaleiros antes mesmo dos juízes.

*Não vou entrar no mérito deles serem ou não mensaleiros, se foi ou não prática de caixa 2, isso não vem ao caso. O que importa é que sempre existem dois lados, e até que se prove o contrário, eles são inocentes e quem os está julgando são os Juízes do STF e não a Veja, nem a Globo, nem a Istoé, Época ou Carta Capital. E muito menos professores ou alunos que deveriam ser orientados a analisar os dados, claro que se eles seguirem apenas as cartilhas midiáticas serão levados a pensar que o PT, e somente o PT e seus companheiros ou cumpinchas, são os culpados. Mas e se a escola em vez de católica fosse socialista, aí a cartilha seria Privataria Tucana? E os do PSDB seriam os condenados. Ou então porque não levar profissionais da área para darem palestras aos alunos sobre como funciona o jogo político?

Lamentei ver esse mural hoje, pois mais uma leva de pessoas estará na média, sairão da escola e entrarão no mercado como gados. Então para que pagar uma escola particular? Para ser tão idiota como todos os outros.


* Quanto a serem mensaleiros, todos são. PT, PSDB, PMDB, PDT, P do cacete a ter. Tens uns que sabem fazer mais que os outros.

Candidatos a Prefeitura de Curitiba

Como fazer campanha para qualquer candidato a prefeitura? Acredito que tirando a Alzimara e o Bruno Meirinho, todos tem passado. Alguns foram bunda mole, outros safados mesmo e alguns caíram na história da carochinha. .

Ratinho JR
O do Ratinho Jr é o pai, grande comunicador de massas, com gosto duvidoso e uma conta milionária em cima dessa comunicação de massa, e põe MASSA nisso. Como deputado estadual e federal foi correto, foi o pais do projeto do desarmamento, que deu grande visibilidade para ele. Acredito que esse tipo de projeto, apesar do grande apelo popular tenha sido um pouco ingênuo, pois uma população desarmada não tem como lutar. E se for necessário uma guerra civil (que Deus nos livre e guarde) vamos lutar com paus e pedras? Mas a atual conjuntura é da PAZ, se há justiça? Pra que né? Isso não é problema meu!
Outro problema do Ratinho no meu ponto de vista, é que ele me cheira ao plano B da turma do Beto. Não que já tenham alianças, mas se ganhar, tenho certeza que alguma secretaria ficará com eles. Tipo um acordo entre cavalheiros.

Gustavo Fruet
Tem também o Gustavo Fruet, filho de outro político muito famoso, Maurício Fruet, acredito que mais famoso por suas piadas e bebedeiras do que por seus atos políticos. Na verdade sempre escuto alguma história engraçada dele, mas não lebro de alguém me falar...nossa, esse projeto é obra do Maurício Fruet. Mas tudo bem, era muito nova na época em que ele foi prefeito e quando enfim fui trabalhar na campanha dele, ele morreu. Acabei trabalhando na campanha do Gustavo. Gosto do Gustavo, acredito que ele seja honesto, porém parece nunca estar no local certo. O PMDB perdeu a grande chance de ganhar a prefeitura em 2004, quando podia ter lançado ou o Gustavo Fruet, ou o Rafael Greca...Mas graças aos egos e sabe Deus mais o que, emplacaram o Vanhoni. Também acredito que outras coisas aconteceram dentro do partido naquela época, e o Gustavo em vez de lutar, fugiu. Foi pro PSDB. Eu não sei se ele foi ingênuo e acreditou realmente que ali ele teria vez ou se ele almejou mudar algo dentro do partido socialista democrático brasileiro totalmente de direita. Em 2010, mais uma vez desapontaram o menino, deixando ele pra terceiro plano. O Beto Richa, na convenção das eleições para governador e senadores disse em alto e bom som que o candidato a senado seria Ricardo Barros, e SE caso o Osmar Dias definisse sair de mãos dadas com o PSDB, ele seria o segundo candidato da legenda ao senado, caso o Osmar fosse pro PMDB, aí sim seria dado o lugar ao Gustavo. Mais uma vez ele saiu do partido.
Acredito que o candidato tenha honra, mas não sabe brigar. Agora ele está no PDT, partido sem relevância no Paraná, e com aliança com o PT. O PT! Grande decepção. Caso o Gustavo ganhe, teremos que suportar o PT na prefeitura. E o PT virou o Partido dos Traíra, sabem como fazer uma boa greve e também como detona-las. Fizeram uma classe aumentar, mas só no dimdim, educação pra que? Nem vou entrar no mérito do mensalão, esse aí todos fazem. Logo, se o Gustavo perdeu meu voto, foi porque não teve pulso. Nesse quesito sou mais Requião, dê uma de louco, mas se defenda.

Rafael Greca
E falando em Requião, vamos ao candidato dele, Rafael Greca. Eu vou votar nele, mas é difícil defender o Greca e o Requião. Por que votarei então? O Greca tem um passado, foi do grupo do Lerner durante muitos anos. Grupo que quase o matou politicamente. E se levantar depois de um tombo desse não é muito fácil, mas com o apoio do maior rival lernista, o Requião, ele saiu candidato pelo PMDB. PMDB, partido que está com todos e se debanda pra qualquer lado. A nível federal está com o PT e estadual com o PSDB. Isso me dá medo, mas o Requião, que acredita ter o MDB ali dentro do P, tem sustância. Encarar o Maria Louca não é pra qualquer um e ele conseguiu colocar o Greca desafiando os playboizinhos do partido. Então unimos o util ao agradável. Um candidato que tem bom gosto e é culto, com certeza vai melhorar a educação como um todo, não apenas nas salas de aula, mas com projetos tipo o Farol do Saber e musica, poesia e cores. Sim, o Greca adora cores. E essa cidade que sempre foi tão cinza, precisa de otimismo e alegria. Só que isso com a cara do Requião, se antes era pro povinho* e pra elite, agora será provão. Trabalhei anos com o pessoal do Requião, e sei que eles gostam de levantar a moral dos menos favorecidos.
(*Povinho: classe média)  

Ducci
Não perderei meu tempo falando desse vice. É só vocês olharem a Linha Verde, está parada.

Quanto aos outros dois candidatos, infelizmente nossa população não dá chance pros novos. Quem sabe fossem bons. Vou dar uma lida sobre eles e o próximo post será sobre eles.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Eleições pra que te quero!

Mais uma eleição, mesmos jogos e decepções. Dias atrás disse que o problema dos políticos são os partidos, mas isso também pode ser ao contrário, o problema dos partidos são os políticos. Ou o problema é que não há saída. Para entrar no meio político é necessário jogar. Quando há caráter o partido faz questão de acabar com a moral. E quando não há, o publicitário faz a campanha necessária para mostrar algo inexistente.

Na verdade é isso, sinto que não há candidatos, mas imagens construídas para satisfazer o gosto do cliente. Como margarina happy day, mas cheio de transgênico e gorduras que nem Deus sabe como funciona no nosso organismo. Mas e daí? Vivemos na sociedade do espetáculo. O que importa termos candidatos bons, ruins, com caráter ou sem...que rouba, recebe mensalão ou apenas faz algumas trocas para que seu projeto desencalhe? O povo quer políticos com cara de mocinho!

Emoções baratas e choro fácil. Políticos beijando criancinhas...e a nova moda: BICICLETAS.
Nunca se falou tanto em ciclovia como hoje. Não tenho nada contra, adoro bicicletas. Mas é ridículo ver esse monte de candidato em cima do mesmo mote. O atual prefeito de Curitiba teve sei lá quanto tempo para fazer ciclovias...fez um monte de piada perigosa. Minha filha se nega a andar nas ciclovias porque a sua bicicletinha tem rodinha e como o asfalto é falho, ela vira e cai.

Mas mesmo os outros candidatos, será que nunca perceberam como a bicicleta sempre foi um meio de transporte para as camadas menos favorecidas da sociedade? Sempre vi o pessoal indo pro CIC montados em suas bicicletas de ferro, daquelas que tem aquele bagageiro enorme. Mas agora o negócio da bike (bike e bicicleta tem conotações diferentes nesse texto) invadiu a classe média (não é para menos, tente pegar o Ahú-Los Angeles, passa de hora em hora praticamente, ou o Batel Campina do Siqueira). A classe média curitibana, que vive nos bairros nobres tem poucas opções de transporte público. Mas isso não é debatido, eles que vão comprar suas bikes ou seus carrinhos. Ônibus de linha, desses amarelinhos mesmo, não precisa. Sempre me ferrei pra ir da casa da minha mãe até o Champagnat (Bigorrilho para os íntimos), preferia ir a pé do que pegar dois ônibus, ou andar um monte e ainda esperar um tempão. Mas e daí? Mora na região nobre, tem mais é que se ferrar mesmo.

O transporte público de Curitiba é lenda, e quem tem lenda não precisa de realidade. O povo se satisfaz com a propaganda.

Agora começou a campanha para não votar nulo. Eu até apoiei, pois realmente não acredito que anular o meu voto vá melhorar algo. Analisei os candidatos. Será que dá para confiar em algum? Pode até ser que sim, mas eu confio em um que está num partido que não sabe pra que lado vai. Aliás, sabe...vai para todos.
O PMDB está do lado do Beto, mas também do PT, e tem candidatura própria.

É coisa de louco.
Na verdade estou me esforçando para ir pro lado do Greca, gosto dele. Antes não gostava porque estava com o Lerner, bandido de marca maior. Que cuidava apenas do lado nobre da cidade e fazia um monte de coisa desnecessárias. E como todo DEM que se preza, traiu e saiu de perto. Agora tá com o Requião, trabalhei com ele, e sei que mesmo com todos os defeitos, o objetivo dele é dar oportunidades para os desfavorecidos.

Mas eles estão no PMDB, que deixou de ser o MDB de guerra. Agora é o partido que tem os maiores bandidos deste país. Mas tá, vão fazer outro partido? Não rola!  

sábado, 12 de maio de 2012

Tá barato

Todo mundo tem seu preço, sempre teve. Agora ficou muito barato!



Estávamos escutando Doobie Brothers. O Motown nos levou aos livros e histórias sobre o rock. E lembranças antigas nos levaram a decepção. O rock representou uma geração que tinha o sonho de mudar o mundo. O problema é que o sonho foi capturado e comprado. Lá atrás houve um sonho que com o tempo foi esquecido e o rock agora representa  uma rebeldia adolescente, do mamãe não quero que qualquer Nike compra!












Karina Ernsen e Luiz Geremias

segunda-feira, 9 de abril de 2012

DesabafoDesabou





Eu sempre me meto em confusão. Alguns tem a crença de que eu seja polêmica. Outros me repreendem pq só reclamo. Mas na verdade, do fundo do meu coração, eu apenas estou sendo sincera. 

E é dolorido ser sincera. 
Não sou contra ninguém, sou apenas uma mortal que sabe como funciona o jogo. Mentiras tão bem camufladas que já são verdades faz mais de mil anos. Foi em cima dessa base que nossa sociedade se fez. Não tenho forças para derrubar essa hipocrisia. Mas eu sei de onde veio, onde está e eu gostaria de poder me distanciar. 

Não tem como acabar com a corrupção, ela vem das entranhas do nosso sistema. Sem corromper não há civilização. A paz, outra lenda urbana, apenas nos transforma em robozinhos para que não lutemos. Agora posso curtir e compartilhar, não preciso me armar. 

E assim as cruzadas tiveram seu fim!!!

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Justificativa para algo sem objetivo


Escrever sempre foi um ato de sobrevivência pra mim. Precisava colocar no papel tudo que sentia, fazia, pensava. E escrevi, coloquei o que podia e o que não podia eu tinha o trabalho de criar códigos. Demorou pra que eles fossem decifrados. Atualmente esqueço que não uso tais códigos e pior, os escritos deixaram de estar trancafiados numa gaveta. Estão expostos a todos. E vai além, estão jogados na cara de quem te desconhece.

Sinto-me ridícula de pensar que pessoas que nunca me viram, ou ao menos ouviram falar mim, acabam lendo opiniões de assuntos pessoais. Tudo bem, também leio vários desabafos e justificativas. Por quê? Sei lá!

Também exponho minhas opiniões políticas. Nunca fui muito ouvida nesse quesito. Na verdade comecei muito nova, me decepcionei e na primeira chance sai. Foi tudo muito rápido e tranqüilo. Quando eu percebi já não me sentia jornalista. Gosto de escrever, mas não sou boa com gramática e não tenho saco para regras que não impedem a comunicação. Por mim escreveria çaco sem problemas. Mas voltando as opiniões políticas, não sei se tenho falado demais, se o que eu falo é coerente, ou até mesmo se interessa. (E provavelmente já não terei chance de trabalhar como assessora). É triste saber que nenhum político serve pra eu defender de corpo e alma. De vestir a camisa. Faria isso por dinheiro, claro. Mas política é um pouco paixão também. Não posso defender pessoas que não acredito, não confio.

Também não sou ingênua a ponto de pensar que algo ou alguém, além do meu marido, tenha merecimento da minha confiança. Eu gosto, simpatizo e até defendo alguns pontos, mas sempre com o pé atrás. Não porque a pessoa seja mau caráter. Mas porque ele está no jogo.

Pessimista eu? Imagina. Eu me decepcionei com todo o jogo armado pra se viver em sociedade. Ter que todos os dias levantar e escolher uma máscara. Sorrir pra quem tinha vontade de espancar. Eu sou até educada, mas nunca consegui ser puxa saco. E isso na política é um problema.


Não sei se vou conseguir parar de escrever no FB, mas já deve ser um avanço (psicologicamente) eu reconhecer o vício, o problema. Por enquanto é mais forte do que eu. Quando eu percebo já escrevi. Algumas vezes apago. Em outras tento ignorar. Mas a mão coça e eu penso nisso como se fosse a coisa mais importante da minha vida. Triste isso. Ficar dominada por um meio de comunicação que me expõe e me grava para que um dia isso possa ser usado contra mim. 

sexta-feira, 30 de março de 2012

Narciso acha feio o que não é espelho!



O inglês e a escola narcísica
A verdadeira enxurrada de palavras inglesas na sociedade brasileira mostra o alcance da dominação cultural que submete a linguagem e a mentalidade coletiva de um povo. As belas palavras da língua portuguesa são substituídas pela estúpida cacofonia do anglicismo, denotando a corrupção da cultura nacional. O governo francês recentemente enviou projeto de lei ao Congresso daquele país proibindo o uso indiscriminado de expressões inglesas em propagandas e publicações. O texto foi aprovado. Mas, no Brasil, a proteção da nossa cultura linguística diante da engrenagem sígnica da consumologia corruptora de valores e tradições está longe de acontecer. A maquinaria de signos e fetiches imposta pela dinâmica do capitalismo de consumo também colabora no desenvolvimento do chamado caráter narcísico individual e grupal.
Metamorfose de Narciso -  Salvador Dali

O funcionamento narcísico do caráter é a forma mais ajustada ao desenvolvimento da parafernália consumológica. Narciso não é somente a mitologia do espelho, mas, igualmente, a vaidosa afirmação individualista com a negação concomitante da importância das outras pessoas. A arrogante personalidade narcísica busca o prestígio na marca-grife numa desenfreada competição invejosa, na qual a aparência do objeto é mais importante do que sua utilidade real.
Por outro lado, a inveja, irmã siamesa do ódio, determina uma rancorosa atitude contra as pessoas consideradas hierarquicamente inferiores. Qualquer pequena diferença em relação à moradia ou ao bairro ou à marca do automóvel é razão suficiente para determinar o lugar que na coletividade cada pessoa deve ocupar. As campanhas de inclusão vão na contramão deste processo que por natureza é excludente.

Os grupos humanos na economia, na política e na academia têm uma tendência a se diferenciar pelo patrimônio, pelo nível de poder alcançado e pelo saber acumulado. Na coletividade isso faz com que os sudestinos se acreditem mais importantes que os nordestinos enquanto em Fortaleza, quem está trepado nas Dunas, olha com desprezo os da Parquelândia. As zonas de consagração acadêmica e literária do sul-sudeste tendem a menosprezar os literatos e cientistas do norte-nordeste.

O fetichismo consumista estimula o ódio destrutivo tanto na paz quanto na guerra. A crueldade do indivíduo ou do grupo nas condições do narcisismo estimulado pela mídia torna-se um problema de saúde pública tanto no trânsito quanto na escola. A vestimenta ou a mochila do colega são signos de status que estimulam a ira narcísica de uns e a revolta ou submissão de outros. A maldade dessa situação é tanto maior porque as pessoas com menor poder aquisitivo entram em desespero para atender às solicitações dos filhos.

Por outro lado, como na hierarquia consumológica o saber é menos importante que a aparência, os grupos desenvolvem refinadas técnicas de falsificação e mentira. Os que não entram na vulgar jogatina são tidos como esquisitos e na escola são chamados de nerds. O verbo inglês to bully significa amedrontar alguém para obrigá-la a fazer algo. Assim, o grupinho narcísico inconsciente das suas próprias fantasias tenta enquadrar ou expulsar “o diferente” que se tornou incômodo. O problema desta engrenagem consumista é que não há como parar a máquina senão destruindo-a.
A situação limite implica que dentro do contexto capitalista é impossível por fim a tal loucura. O mecanismo é tão extraordinariamente desumano que impede a ligação afetiva entre as pessoas, ao mesmo tempo em que anula a capacidade crítica do pensamento humano. As imagens substituem o discurso que a escola e a academia tentam por em marcha. Desde cedo, as crianças são condicionadas para, no futuro, se tornarem consumidores compulsivos, meta ideal desta engenhoca terrorífica.

Os escolares divididos hierarquicamente em grupos narcísicos marcados por pequenas diferenças invejam os considerados superiores, enquanto desprezam todos aqueles imaginados abaixo da escala estatutária. A crueldade infantil estimulada cria nas crianças estúpidas desigualdades, enquanto a juventude em desespero encontra no crack e na cocaína a ilusão da felicidade.

Valton de Miranda Leitão - Psicanalista

sexta-feira, 23 de março de 2012

Realidade? What is this?

Coisas que eu gostaria de mudar:
  • o barulho - o barulho é incessante, pra que tantos carros, motos, caminhões? E pq alguns insistem que o barulho é o espelho de sua potência (ou falta dela)?
  • a ineficácia de atitudes - transformar a bundisse brasileira em ação; 
  • noção de bem estar social - mostrar que enquanto alguém for infeliz, todos serão;
  • alucinação coletiva - eles insistem em acreditar que pedaços de papéis coloridos podem fazê-los felizes;
  • liberdade - é tão difícil assim ser livre? Quando há a possibilidade de haver liberdade, de qualquer tipo, um monte de gente precisa reclamar? Precisamos de leis, regras e mais regras pra mostrar como devemos viver? Isso virou uma loucura. Nos empurram goela abaixo como devemos viver. E se caso vc achar ruim, problema é seu, se retire. Então tá todo mundo feliz? Temos todas as nossas necessidades sanadas. 
Mas quais são as nossas necessidades mesmo?
  • Prioridades - Uma coisa leva a outra. Para uns, as necessidades básicas são diferentes das dos outros. Mas, nunca vou entender porque um carro 0KM é tão importante. Juro que tento. Já até me forcei a pensar assim. Mas não rola. Um carro 0KM, é só para ostentar, sujar o mundo e gastar $ a toa. E acho muito engraçado esse negócio de ostentar, é algo tão infantil: eu tenho, vc não teeeem...kkkkkkkkk. .
Bem, sei que eu não posso mudar essas coisas. O mundo sempre foi assim. Acho q era até pior. Não sei, é agora que vivo. Sei por livros, histórias, sempre por um ponto de vista. Mas atualmente tem a particularidade da publicidade, do viver numa total ilusão. 

Todos no mesmo filme, com seus devidos papéis. E para que questionar ou mudar isso? Não estou passando fome. Tô feliz, que se dane se meu vizinho tá se estrebuchando de agonia. Ele que não trabalhou, estudou, é um preguiçoso infeliz. Eu trabalho 8, 9 horas diárias. Pago minhas contas e claro que tenho que ter tempo para meu lazer. 

Não importa o contexto.  

quarta-feira, 21 de março de 2012

Eu gosto de CUritiba

Já que é pra homenagear Curitiba, eu tbm tenho amor por ela. Mas um amor deferente. Não sou mto apegada as coisas materiais, e isso acaba refletindo na minha vontade de mudar.
Mas aqui que cresci e tbm aqui que aprendi a me defender. Quem saiba uma defesa por inimigos invisíveis, ou apenas camuflados.
Curitiba, uma cidade que me mostrou dois lados. O lado do bonzinho que tem sua maldade da cerne, e do malzinho que tem sua bondade na alma. Um deseja mostrar pro outro o que defendem. E se completam. Como um perfeito atletiba.
http://www.youtube.com/watch?v=dwGjvj8TpCs

sexta-feira, 2 de março de 2012

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Sem saída

Por que não fazem escolas assim com preço acessíveis? A cada passo de evolução damos 3 pra trás. É muito difícil  as escolas deixarem de ser cadeias ou preparatório pra seres robóticos e ensinarem a seus alunos não somente o pensar, mas também o sentir?

As escolas estão cada vez mais caras e não correspondem aos meus desejos básicos de boa educação, não tenho escolha. Jogam um amontoado de regras, decidem qual o "padrão" que vão seguir e ou eu aceito, ou troco. Trocar pra onde? Curitiba até tem uma ou outra escola interessante, mas todas longe.

O pior é que já é a segunda escola em que coloco minha filha e ela começa a mudar seu foco depois que ela já está adaptada. Em Brasilia ela estudou numa escola maravilhosa, linda, com horta, mini zoo, piscina com direito a mini parque aquático. A mensalidade era baixa pros "padrões" brasilienses. Tínhamos acesso praticamente livre, vários finais de semana a escola era aberta aos pais, na adaptação ficávamos dentro da escola. Um verdadeiro sonho. Aí mudou o ano e trocou a direção (o detalhe é que minha filha amava a irmã que foi embora). Mas além disso a diretora nova quis mudar tudo, colocar ordem na casa. Um choque de ordem disciplinar. Que saco! Não podia mais entrar aqui, nem falar ali e fora q a Alice passava longe da figura, rsrs.
Até os finais de semana já não aconteciam mais.

Mas viemos embora pra Curitiba e aqui eu a coloquei numa outra escola. Simpatizei com ela porque tinha um aspecto acolhedor, mas também porque fui coagida por minha mãe. (Ela é uma ótima chantagista e não se entende com internet, então se ela souber disso eu irei atrás do ipê do X9). Acabei por aceitar e ela ainda está na mesma escola. E sabem o que aconteceu?

Mais uma vez a direção foi trocada, mais uma vez a pessoa quer mostrar que na gestão dela as coisas vão ser diferentes e além do mais, ainda uniram todas as escolas e transformaram em rede. Tem que seguir um padrão. Esse negócio de seguir padrão é bem a cara da classe média. Com tudo padronizado porque questionar? Como mudar? Qualquer pergunta terá uma resposta padrão...E isso me incomoda e muito.

Eu quero uma escola com diferencial. Minha filha não é padronizada e já já ela vai começar a demonstrar isso e se tornará um estorvo pra escola. Desejo pra minha filha que ela não seja apenas um peão no tabuleiro. Quero que ela tenha valores reais. Que comprar um carro zero não seja o objetivo principal de sua juventude. Que os bens materiais sejam apenas uma consequencia e não a meta.

Porém todas as escolas de classe média seguem a mesma tendência. Tem alguns aspectos que denotam cultura e saberes. Tem algumas que até falam em expressão corporal em vez de educação física, que lindo! Mas não dão liberdade. Ditam falas decoradas de manuais pedagógicos já decifrados por aqueles que questionam o mecanicismo com cara de humanismo. Jogam regras goela abaixo mas falam que a criança ali é o foco principal. Sim a criança é o foco principal, mas se ela depender apenas desse meio de aprendizagem, (o que acontece com muitos, pois os pais tbm estudaram em escolas que seguiam a mesma tendência) serão alienados. Futuros consumistas com discursos de sustentabilidade que qualquer marketeiro de meia tigela aprende.

E sabem o que é pior? Essa lavagem cerebral não custará por menos de R$400 mensais.

Claro que muitos vão discordar. Ui, regras são essenciais!

Mas como diz Rosely Sayão psicóloga e autora de "Como Educar Meu Filho? 
"Criança pequena necessita de regras porque ainda não consegue compreender princípios. Mas, à medida que ela vai crescendo, precisa aprender os princípios que regem a vida, para que as regras se tornem desnecessárias ou sejam utilizadas com autonomia e liberdade."

O problema é que ensinam apenas que regra é importante. Mas não mostram o caminho pra se livrarem dela. Atualmente vivemos num mundo tão cheio de regras que nem sabemos mais decidir o que é bom do que é obrigatório. 


Também lembrei de outra fala de uma amiga muito admirada por mim, a Sheyla, ela coordenava o AREI na SEED quando eu trabalhava lá. Um dia ela disse que "as escolas apenas refletem a sociedade em que está inserida". Então o que posso esperar? Olhem bem onde moro. Digo bom dia e recebo uma cara feia...

Tenho que ir embora mesmo!!! Mas acho que por enquanto deixo ela no mesmo lugar, porque aqui não há saída!!!


quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

A Batalha da Copel - Parte 1


Eu trabalhava com o Deputado Eli Ghellere na época. Ele tbm votou contra a Copel, brigou e defendeu o patrimônio paranaense, junto com tantos outros parlamentares e tbm como povo, que foi em peso. Sinto orgulho de ter feito parte dessa parte da história.
Vi amigos, como o Claudião, levando surra da PM. Tentei colocar outras pessoas, conhecidas ou não ali dentro para defender o que é nosso!

Precisamos desse povo unido novamente para conseguir resgatar nossa cidade, nosso estado!

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Complô d'alma

Morrer deve ser um presente para a alma. Não sei porque existe tanto medo, tantas maneiras de fugir da morte. Acredito que possa ser o medo do desconhecido. Ué, mas as pessoas não se dizem tão cheias de fé? Então porque não creem que do outro lado possa ser melhor. Ficam não apenas adiando, mas desesperadas com a notícia de que podem vir a ir. 

Compreendo que morrer na flor da idade seja dolorido para os que ficam. Também não sou cruel o suficiente para pensar na minha morte no momento atual, tenho uma família linda e não quero deixa-la. Mas já fui muito amiga da morte, já quis que ela me levasse várias vezes. Mas ela nunca me quis. E eu interiorizei todo aquele blábláblá de que se eu me matar irei para o inferno. E sempre tive medo de tentar ir embora com minhas próprias mãos e sofrer eternamente por não querer ficar aqui. 

Mas descobri o amor. Apenas o amor vale a pena. Primeiro descobri o amor por mim mesma, faz algum tempo, em contato com pessoas leves e com a Deusa. Não sabia muito bem lidar com essas coisas. Nem comigo, nem com o amor e muito menos com a Grande Mãe. Também não tinha muito o que fazer com esse sentimento, raro e obsoleto no mundo atual. Apesar de sentir uma espécie de amor universal, não conseguia transmitir isso. Porque no amor não existe hipocrisia, e as relações pessoais do mundo comercial são baseadas em mentiras, interesses e poderes. Logo, o que fazer com esse amor? Estava quase desistindo de lidar com todo esse sentimento que explodia em mim quando encontrei uma pessoa rara, que sabe o que é amor e não é hipócrita. Ele me ensina, e muito mais do que isso, me compreende. Essa é a prova de que somos almas gêmeas.  

Juntos criamos uma vida que tentamos educar não apenas com amor, mas com princípios que batem de frente com a sociedade. Muito difícil isso. Sinto a ironia de pessoas que não compreendem o que falo, ou que se compreendem, não gostam. Pois, como disse antes, vivemos numa base hipócrita, e as pessoas não sabem lidar com verdades da alma. Não as culpo, para sentir é necessário ter coragem de olhar para dentro de si. E infelizmente vivemos numa época que o mundo está apenas fora, por isso tantos livros de auto ajuda. Não se suportam, mas adoram as aparências. Um mundo fake e sem recheio. 

Outra coisa que compreendi ao longo dos anos é que não estou aqui atoa. Deixo minha alma livre para sentir. Quando algo dói, deixo que doa até o fim. Sem subterfúgios (remédios, drogas ou shoppings), pois dali, daquele fundo de poço aparece alguma resposta. As vezes ininteligíveis, mas dou tempo ao tempo para que se torne sólido e enfim eu possa compreender.

Apesar de ser muito difícil e dolorido viver dessa maneira, é a única maneira que sei viver. Minha alma fala mais alto do que eu. Ela faz um COMPLÔ para me mostrar o caminho e também essas palavras! E pretendo sempre seguir suas ordens, para assim ir embora em paz...daqui alguns bons anos!  

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

MAURICIO REQUIAO VS rpctv em 2006

Eu era assessora de imprensa da Secretaria de Estado da Educação nessa época. Fomos nós, eu e o Luiz Geremias que colocamos ele ao vivo na RPC, abismados com o tratamento que a grande imprensa curitibana deu ao evento. Acredito que foi uma das únicas vezes que alguém conseguiu responder essa empresa no próprio veículo. Porque sempre é editado, a favor de quem paga mais.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

10 mandamentos da manipulação midiática



O linguista estadunidense Noam Chomsky elaborou a lista das "10 estratégias de manipulação" através da mídia.(Créditos: http://www.blogstraquis.blog-se.com.br)
OBS: Você pode ler, mas já aviso que isso não é para quem veio ao mundo para se divertir. 

1- A ESTRATÉGIA DA DISTRAÇÃO.
O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundações de contínuas distrações e de informações insignificantes. A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir ao público de interessar-se pelos conhecimentos essenciais, na área da ciência, da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibernética. "Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja como os outros animais (citação do texto 'Armas silenciosas para guerras tranqüilas')".

2- CRIAR PROBLEMAS, DEPOIS OFERECER SOLUÇÕES.
Este método também é chamado "problema-reação-solução". Cria-se um problema, uma "situação" prevista para causar certa reação no público, a fim de que este seja o mandante das medidas que se deseja fazer aceitar. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o mandante de leis de segurança e políticas em prejuízo da liberdade. Ou também: criar uma crise econômica para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.

3- A ESTRATÉGIA DA GRADAÇÃO.
Para fazer com que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la gradativamente, a conta-gotas, por anos consecutivos. É dessa maneira que condições socioeconômicas radicalmente novas (neoliberalismo) foram impostas durante as décadas de 1980 e 1990: Estado mínimo, privatizações, precariedade, flexibilidade, desemprego em massa, salários que já não asseguram ingressos decentes, tantas mudanças que haveriam provocado uma revolução se tivessem sido aplicadas de uma só vez.

4- A ESTRATÉGIA DO DEFERIDO.
Outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é a de apresentá-la como sendo "dolorosa e necessária", obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, porque o esforço não é empregado imediatamente. Em seguida, porque o público, a massa, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que "tudo irá melhorar amanhã" e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isto dá mais tempo ao público para acostumar-se com a idéia de mudança e de aceitá-la com resignação quando chegue o momento.

5- DIRIGIR-SE AO PÚBLICO COMO CRIANÇAS DE BAIXA IDADE.
A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discurso, argumentos, personagens e entonação particularmente infantis, muitas vezes próximos à debilidade, como se o espectador fosse um menino de baixa idade ou um deficiente mental. Quanto mais se intente buscar enganar ao espectador, mais se tende a adotar um tom infantilizante. Por quê? "Se você se dirige a uma pessoa como se ela tivesse a idade de 12 anos ou menos, então, em razão da sugestionabilidade, ela tenderá, com certa probabilidade, a uma resposta ou reação também desprovida de um sentido crítico como a de uma pessoa de 12 anos ou menos de idade (ver "Armas silenciosas para guerras tranqüilas")".

6- UTILIZAR O ASPECTO EMOCIONAL MUITO MAIS DO QUE A REFLEXÃO.
Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito na análise racional, e por fim ao sentido critico dos indivíduos. Além do mais, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou enxertar idéias, desejos, medos e temores, compulsões, ou induzir comportamentos...

7- MANTER O PÚBLICO NA IGNORÂNCIA E NA MEDIOCRIDADE.
Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controle e sua escravidão. "A qualidade da educação dada às classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância que paira entre as classes inferiores às classes sociais superiores seja e permaneça impossíveis para o alcance das classes inferiores (ver 'Armas silenciosas para guerras tranqüilas')".

8- ESTIMULAR O PÚBLICO A SER COMPLACENTE NA MEDIOCRIDADE.
Promover ao público a achar que é moda o fato de ser estúpido, vulgar e inculto...

9- REFORÇAR A REVOLTA PELA AUTOCULPABILIDADE.
Fazer o indivíduo acreditar que é somente ele o culpado pela sua própria desgraça, por causa da insuficiência de sua inteligência, de suas capacidades, ou de seus esforços. Assim, ao invés de rebelar-se contra o sistema econômico, o individuo se auto-desvalida e culpa-se, o que gera um estado depressivo do qual um dos seus efeitos é a inibição da sua ação. E, sem ação, não há revolução!

10- CONHECER MELHOR OS INDIVÍDUOS DO QUE ELES MESMOS SE CONHECEM.
No transcorrer dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência têm gerado crescente brecha entre os conhecimentos do público e aquelas possuídas e utilizadas pelas elites dominantes. Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o "sistema" tem desfrutado de um conhecimento avançado do ser humano, tanto de forma física como psicologicamente. O sistema tem conseguido conhecer melhor o indivíduo comum do que ele mesmo conhece a si mesmo. Isto significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um controle maior e um grande poder sobre os indivíduos do que os indivíduos a si mesmos.




sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Globo poderia perder a concessão por possível estupro no BBB12


Se confirmado que o modelo Daniel Echaniz estuprou a estudante Monique Amin, no programa Big Brother Brasil - BBB 12, da Rede Globo de Televisão, e rede de TV poderá perder sua concessão junto ao Poder Executivo federal.
A Constituição da República do Brasil, em seu art. 221, diz que os programas de televisão atenderão, entre outros, a princípios como “preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas”; “promoção da cultura nacional e regional”; e “respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família”.
 O art. 223 dispõe que compete ao Poder Executivo outorgar e renovar concessão de TV, com apreciação também do Congresso Nacional (não renovação da concessão dependerá de aprovação de, no mínimo, 2/5 do Congresso Nacional, em votação nominal).
O cancelamento da concessão, antes de vencido o prazo (15 anos para TV), depende de decisão judicial. Verifica-se que a Rede Globo e demais redes de TV e rádio exerceram um forte lobby na Constituinte e garantiram que apenas com decisão judicial podem perder a concessão do serviço público de radiodifusão.
De qualquer forma, não descarto a possibilidade de ser rescindido unilateralmente o contrato de concessão entre a União e a Rede Globo, desde que com autorização do Poder Judiciário. O problema é algum magistrado tomar essa decisão, mesmo com o pedido do Ministério Público ou de algum cidadão via Ação Popular.