quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

UM SONHO PARA 2010


Tenho que escrever, faz dias que estou com várias coisas perambulando pela minha cabeça, mas está difícil. Férias(?), viagens, pessoas, compromissos sociais que não acabam. Porém isso não faz com que minha cabeça pare, muito pelo contrário. Vejo muita coisa, sinto mais ainda, e a cada dia percebo mais que não adianta, fudeu!
Neste momento estou no Rio, tendo que me habituar com o novo Word que instalaram no meu pc. Tudo diferente, até demorei mais para escrever porque precisei aprender, mas fazer o quê? Na verdade essa é a pergunta que mais faço ultimamente: fazer o quê?
Aqui no Rio temos o choque de ordem, com esse nome mesmo. Em Curitiba também, mas sem nome, apenas uma onda de Leis e de conformidade que me deixaram indignada, mas fazer o quê? Posso apenas me habituar. Essa é a geração dos babacas, tudo é aceito em nome da paz. E é assim que a paz funciona, alguém dita as regras e nós obedecemos, porque não há como ir contra, se acontece uma manifestação tem que ser pacífica, bundona mesmo. Caso aconteça o contrário, como foi o caso do Coxa, o mundo irá dar uma resposta, que irá te derrotar.

Que 2010 a Paz dê lugar a luta! Pois isso não é paz real, e sim apenas uma conformidade medrosa. Ah, mas é tudo para sua segurança!

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

CIDADES

Não adianta fugir e se esconder no meio do mato, pois as árvores não vão quebrar o galho de ninguém. Mas nem por isso fiquem pensando que isso que vocês fizeram com suas cidades é uma coisa normal. Elas são o mundo cão onde a maioria está num mato sem cachorro. Vocês que, com seu egoísmo e suas boas intenções, fizeram de seus habitats um amontoado de gente sozinha, sem pai nem mãe, império do salve-se quem puder. E, pior, cada um por si e Deus contra, como disse o Alberto Centurião.
Nas suas cidades vocês têm todas as desvantagens da falta de espaço natural mas, apesar do empurra-empurra, não aprenderam a desfrutar das vantagens de uma vida amorosa, feliz e solidária. O vizinho pode morrer seco e arreganhado; o irmão, com as mãos à feição de conchas, pode beber água da sarjeta; assim mesmo, vocês não hão de desgrudar o traseiro individualista nem para buscar pão para a mãe querida.
Mas quem são vocês? Originais de onde? Babilônia é sua terra natal? Tudo tem que dar certo? Tudo tem que dar lucro? Tudo tem que ter um preço? De quem vocês estão se defendendo? A quem você atacam?
Ainda bem que existe um outro coração por trás dessas cidades, e, somente ele, por atrito benevolente, vai extrair, de vocês, hoje pedras brutas, o brilho do sol da nova aurora humana. Que assim seja, Mautner!

Antonio Thadeu Wojciechowski e Roberto Prado

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

A CULPA É DO GOVERNO

É tudo culpa do governo. Sempre. Não interessa se outros cometeram o erro. Mesmo se toda uma população está envolvida, será culpa do governo. Os marginais coxa branca invadiram o estádio? Poxa, tinha que ter mais policiais. Já imaginaram se realmente o Couto estivesse cercado de PM? O número de inocentes que agora estariam feridos. Ou você acha que a presença da polícia intimidaria? Seria uma guerra maior ainda. Quem sabe colocando um PM para cada cidadão. Perfeito. O admirável mundo novo.

Faltou luz. Blecaute. Meu Deus, que absurdo. Não se pode viver sem luz. Somos dependentes da novela das 20hrs. Ah, mas e as criancinhas que estavam na incubadora? Ué, cadê os geradores? Alguém usou o dinheiro para outros propósitos. E outras mil outras coisas que acontecem pela falta de energia, não estamos preparados para qualquer tipo de surpresa. Culpa do governo.

Tem enchente, caiu barranco, assalto, buraco, falta ou uso incorreto de capital, fome, analfabetismo, obesidade, anorexia, homicídios, estupidez. Tudo culpa do governo. As empresas podem fazer o que querem sem nenhuma responsabilidade social (a não ser a da propaganda). Mas a culpa é do governo. Se o dinheiro rola pelas mãos de tão poucos, é claro que a culpa é do governo. E tente mudar isso. Será culpa do governo.

sábado, 5 de dezembro de 2009

TODA AÇÃO TEM UMA REAÇÃO?

Há quanto tempo a internet está presente no nosso dia a dia? Para alguns faz uns 15, 20 anos, mas esses não são muitos. Para a grande maioria da população virtual, faz 10,12 anos. E claro que deve ter os mais atrasados. Tem pessoas que ainda nem descobriram este mundo, que atualmente é praticamente essencial. Como viver sem todas as informações e localizações do google? Ou sem ler os emails? Menssenger, orkut, blogs e o mais novo twiter?

Tudo e todos estão na rede. É possível se comunicar até com os ídolos, aqueles inatingíveis das revistas de fofocas. Ou com os maiores pensadores contemporâneos. É só mandar um email, ou um post. Claro que isso já era possível antes da nova onda, mas através de cartas, que demoravam a chegar e a serem respondidas. As vezes nem mesmo eram colocadas no correio. Apenas escritas. Agora é mais fácil, é só postar.

Isso é bom? É. Isso é ruim? Também. O imaginário as vezes é mais salutar. Sonhar com o impossível tem lá suas vantagens. E com a internet os sonhos são possíveis. E quando se transformam em realidade, essa não é assim tão graciosa, esplendorosa. Na verdade a contemporaneidade tem esse defeito/virtude. Tudo é possível. Você pode ser tudo, fazer tudo. Mas na verdade isso não passa de propaganda enganosa, já que nem fumar mais é permitido. Fazer piadas de papagaios e afins também podem ser condenado pelo IBAMA. E quanto a se comunicar com um personagem, poderá descobrir que ele não é assim...daquele jeito que você imaginou.

E outra, quando colocamos nossos pensamentos ou história na rede ou num livro, ou em qualquer mídia existente, há a grande possibilidade de ser lido, visto. E com isso ser interpretado de maneiras diferentes, as vezes impensáveis ou indesejáveis. O conceito pode ser criado a partir de várias fontes, entre elas a auto história. Mas também pode-se ir pela onda e repetir. Em contrapartida tem tanta coisa no mundo virtual, que há textos que nem lidos são. Até expressam ação, mas não há a reação, pois nem visto foi.