domingo, 20 de dezembro de 2015

Comunismo Consumista

Desde os meus 12 anos escuto discursos cheios de pompa e ao mesmo tempo vazios. O primeiro foi para derrubar o Collor. Mto legal ter participado de toda aquela ação, mas saber que tudo não passou de um golpe é brochante. Resolvi conhecer os anarquistas, após todo aquele discurso de que cada um faz o que quer descobri que tinha que querer o mesmo que eles. Depois veio o povo militante, da esquerda, cheio de lenin, marx, mais valia, e lá fui eu ler o Capital. Campanha pro pt e o pt ganhou...e o que ele fez? se associou ao pmdb, aos bancos, a monsanto...
Este final de semana compreendi que o tal comunismo realmente nunca me disse que o objetivo seria qualidade de vida, que seria um governo pensando na sustentabilidade real ou até mesmo no menor consumo. O comunismo quer garantir o consumismo pra todos e não é isso que eu quero. Eu quero que as pessoas tenham sabedoria para consumir sem que isso seja um problema. Quero que todos tenham acesso ao transporte público de qualidade para não precisar de carros, quero universidades públicas e não essas mequetrefes particulares, quero comida sem veneno e não quero mais discursos vazios. 
Militante, você é irritante! E não pq fala a verdade, mas pq quer impor um discurso vazio a força. Se vai ter golpe? Já teve, e foi quando me convenceram de que o pt seria diferente dos outros. E não foi. 
Não sei o que será desse país, nem de mim, mas espero que lideranças sem lobbys apareçam. Dificilmente ganharão, já que o que faz a cabeça desse povo é a propaganda e sem dinheiro, não tem como!

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Viva a crise!


Vários meios de comunicação informam que o Dia das Crianças foi um fiasco para o comércio. Comemoro?
Durante toda a semana anterior a data várias postagens mostraram alternativas contra o consumo excessivo de brinquedos. Assim como em outras data. Pode ser que eu só tenha amigo hippies...mas eu tenho mtos amigos e esses tem mais amigos. Assim forma-se uma rede. 

O comércio está desesperado? Ele merece o que está acontecendo. Por que precisamos comprar tantas coisas? Crianças realmente precisam de tantos brinquedos? Não é o que elas mesmo dizem quando são questionadas sobre o que preferem: presença dos pais, um dia de brincadeiras ou mais um brinquedo que provavelmente estará esquecido no canto do armário daqui duas semanas?

Várias pessoas já estão pensando na primeira alternativa, até porque já temos tudo. Se hoje comemos tantas besteiras, é pq há o excesso de ofertas. Se as crianças já não cabem no mesmo quarto onde guardam os brinquedos, é pq ganham demais, é barato, é essencial até...não, claro que não é. Mas tornou-se pq esse é o trabalho do marketing: transformar algo que não serve pra nada em necessidade primária. Será que estamos percebendo isso?

Estamos em crise, quando não estivemos? desde que me conheço por gente estamos em crise. Pode ser que agora tenhamos uma crise moral e ética mais profunda, tomara que o buraco seja fundo e a mola esteja lubrificada para que o salto seja maior e consigamos nos transformar em seres humanos melhores. Porém, para isso será necessário que o comércio pague pelos seus atos. Vendeu demais, criou expetativa demais, nos engana demais...aqui se faz, aqui se paga...e no Natal iremos todos orar e comprar presentes dos amigos!
















sábado, 27 de junho de 2015

Beauvoir define tempo




"...nunca temos mais do que uma existência relativa. No fundo é muito simples, quando era jovem julgava que tinha uma vida à minha frente, mas uma vida nunca está à frente nem atrás, não é algo que se tenha, é uma coisa que passa..."


Simone de Beauvoir

terça-feira, 9 de junho de 2015

Padrão mata a alma

Ah o poder! 
Parece que quanto menor o cargo que lhe concede, maior mesquinharia. 
Já me contaram que na época da ditadura que o problema não era o presidente, mas o guardinha da esquina, esse que nunca teve nenhum gostinho de poder, é humilhado por tantos, resolve se vingar naquele que nada tem a ver, ou naquele que luta por não ser oprimido.
Bem, viramos uma nação de oprimidos. Raros são os que enfrentam, apenas para não aceitarem a submissão, nem sei se por ideologia, acho que apenas por dar voz por perceber injustiças e hipocrisias. E não há chances quando isso acontece, cabeças são cortadas. 
Calemos a boca e aceitemos que somos menos, precisamos desse reles salário pra manter um padrão de vida. Padrões matam a alma! E o poder matou o amor!

domingo, 3 de maio de 2015

Adultices

O ser adulto, para mim, significa calar-me. Lá atrás eu pensava que isso não aconteceria. Eu sempre teria opinião e ela uma hora ou outra iria aflorar. Bem, na atual conjuntura me calo. Os motivos são tantos e colocando na balança o calar-se não é mau negócio. Mas tenho um problema grave, o que não solto pela boca ou pela escrita, fica preso, atormentando, me apagando. Apaga-me a tal ponto que destrói, que adoece. 
Virei uma adulta doente das minhas verdades. E não sei até que ponto são verdades, eis um motivo de calar minha boca e meus dedos, minhas ações. Virei uma adulta cheia de obrigações com essa sociedade doente, cheia de egos e presa por interiorizar suas manias, seus padrões. O ser adulto, não muito maduro ainda, apenas adulto, tem desses problemas, ainda não nos livramos da mediocridade familiar. Não sei se um dia terei forças pra tal, neste momento essa terceira pessoa implantada pelos gritos e acusações reforçam algo que não sou, algo que não quero ser e me dá asco. 

terça-feira, 24 de março de 2015

O excesso e a desvalorização

No mundo vasto do facebook há manchetes de várias espécies. Pesquisas, imagens, tudo ao alcance de um clique. Um clique que leva ao nada. Matérias vazias, repetições de leads e pesquisas que sabe-se lá de onde surgiram. A decadência do jornalismo e a falsa sensação de informação, de democracia. 

A Imprensa nos informa, e assim nasce uma Democracia, pois a Esfera Pública é o núcleo das decisões em uma sociedade democrática. Para tanto é necessários algumas etapas:
  1. Acontece o fato 
  2. O jornalismo o divulga amplamente, ou seja, torna-o público: publicidade (termo distorcido atualmente, quer dizer “tornar público”, não vender produtos ou serviços).
  3. O cidadão lê as notícias, pensa sobre elas, forma uma opinião pessoal.
  4. De posse de sua opinião pessoal, o cidadão discute com outros cidadãos os temas publicados pela imprensa e desse debate forma-se a Opinião Pública.
  5. Com base na sua opinião pessoal, no debate e no resultado do debate, o cidadão, sozinho e/ou em grupo, age conscientemente.
Porém a seleção dos fatos está cada vez mais tendenciosa e, muitas vezes, fútil. É realmente preciso saber onde Caetano Veloso comprou o pão no Leblon? 
Temos também as pesquisas: bebês, se amamentados, têm melhores chances no mercado de trabalho... interessante, né? Abre a matéria e além do lead com as informações básicas, nada além... uma manchete até meio óbvia.


Será culpa do mercado de trabalho que paga salários irrisórios à classe que deveria informar?

Emburrecemos? Será uma conspiração para nos idiotizar? 
Onde foram parar os jornalistas de verdade? Cadê a pesquisa?
Será culpa do mercado de trabalho que paga salários irrisórios a classe que deveria informar? 

É uma pena ver uma profissão que poderia conscientizar ser transformada no braço do marketing, manchetes de cliques. 


quinta-feira, 19 de março de 2015

Ser mulher

E nós acreditamos e replicamos que não é fácil ser mulher. Simplesmente  porque não é mesmo. Existe algo aqui dentro que me faz ir pra frente, sempre. Não de qualquer forma, apenas empurrando. Mas interiorizando. Ser plena. Ser alma. E viver num mundo que desperdiça vidas, me mata. Por isso vou por caminhos longos, raros, difíceis e até mesmo sem sentido, pra viver, sentir a alma do mundo! Acho que isso é ser mulher!