terça-feira, 24 de março de 2015

O excesso e a desvalorização

No mundo vasto do facebook há manchetes de várias espécies. Pesquisas, imagens, tudo ao alcance de um clique. Um clique que leva ao nada. Matérias vazias, repetições de leads e pesquisas que sabe-se lá de onde surgiram. A decadência do jornalismo e a falsa sensação de informação, de democracia. 

A Imprensa nos informa, e assim nasce uma Democracia, pois a Esfera Pública é o núcleo das decisões em uma sociedade democrática. Para tanto é necessários algumas etapas:
  1. Acontece o fato 
  2. O jornalismo o divulga amplamente, ou seja, torna-o público: publicidade (termo distorcido atualmente, quer dizer “tornar público”, não vender produtos ou serviços).
  3. O cidadão lê as notícias, pensa sobre elas, forma uma opinião pessoal.
  4. De posse de sua opinião pessoal, o cidadão discute com outros cidadãos os temas publicados pela imprensa e desse debate forma-se a Opinião Pública.
  5. Com base na sua opinião pessoal, no debate e no resultado do debate, o cidadão, sozinho e/ou em grupo, age conscientemente.
Porém a seleção dos fatos está cada vez mais tendenciosa e, muitas vezes, fútil. É realmente preciso saber onde Caetano Veloso comprou o pão no Leblon? 
Temos também as pesquisas: bebês, se amamentados, têm melhores chances no mercado de trabalho... interessante, né? Abre a matéria e além do lead com as informações básicas, nada além... uma manchete até meio óbvia.


Será culpa do mercado de trabalho que paga salários irrisórios à classe que deveria informar?

Emburrecemos? Será uma conspiração para nos idiotizar? 
Onde foram parar os jornalistas de verdade? Cadê a pesquisa?
Será culpa do mercado de trabalho que paga salários irrisórios a classe que deveria informar? 

É uma pena ver uma profissão que poderia conscientizar ser transformada no braço do marketing, manchetes de cliques. 


quinta-feira, 19 de março de 2015

Ser mulher

E nós acreditamos e replicamos que não é fácil ser mulher. Simplesmente  porque não é mesmo. Existe algo aqui dentro que me faz ir pra frente, sempre. Não de qualquer forma, apenas empurrando. Mas interiorizando. Ser plena. Ser alma. E viver num mundo que desperdiça vidas, me mata. Por isso vou por caminhos longos, raros, difíceis e até mesmo sem sentido, pra viver, sentir a alma do mundo! Acho que isso é ser mulher!