segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Eleições pra que te quero!

Mais uma eleição, mesmos jogos e decepções. Dias atrás disse que o problema dos políticos são os partidos, mas isso também pode ser ao contrário, o problema dos partidos são os políticos. Ou o problema é que não há saída. Para entrar no meio político é necessário jogar. Quando há caráter o partido faz questão de acabar com a moral. E quando não há, o publicitário faz a campanha necessária para mostrar algo inexistente.

Na verdade é isso, sinto que não há candidatos, mas imagens construídas para satisfazer o gosto do cliente. Como margarina happy day, mas cheio de transgênico e gorduras que nem Deus sabe como funciona no nosso organismo. Mas e daí? Vivemos na sociedade do espetáculo. O que importa termos candidatos bons, ruins, com caráter ou sem...que rouba, recebe mensalão ou apenas faz algumas trocas para que seu projeto desencalhe? O povo quer políticos com cara de mocinho!

Emoções baratas e choro fácil. Políticos beijando criancinhas...e a nova moda: BICICLETAS.
Nunca se falou tanto em ciclovia como hoje. Não tenho nada contra, adoro bicicletas. Mas é ridículo ver esse monte de candidato em cima do mesmo mote. O atual prefeito de Curitiba teve sei lá quanto tempo para fazer ciclovias...fez um monte de piada perigosa. Minha filha se nega a andar nas ciclovias porque a sua bicicletinha tem rodinha e como o asfalto é falho, ela vira e cai.

Mas mesmo os outros candidatos, será que nunca perceberam como a bicicleta sempre foi um meio de transporte para as camadas menos favorecidas da sociedade? Sempre vi o pessoal indo pro CIC montados em suas bicicletas de ferro, daquelas que tem aquele bagageiro enorme. Mas agora o negócio da bike (bike e bicicleta tem conotações diferentes nesse texto) invadiu a classe média (não é para menos, tente pegar o Ahú-Los Angeles, passa de hora em hora praticamente, ou o Batel Campina do Siqueira). A classe média curitibana, que vive nos bairros nobres tem poucas opções de transporte público. Mas isso não é debatido, eles que vão comprar suas bikes ou seus carrinhos. Ônibus de linha, desses amarelinhos mesmo, não precisa. Sempre me ferrei pra ir da casa da minha mãe até o Champagnat (Bigorrilho para os íntimos), preferia ir a pé do que pegar dois ônibus, ou andar um monte e ainda esperar um tempão. Mas e daí? Mora na região nobre, tem mais é que se ferrar mesmo.

O transporte público de Curitiba é lenda, e quem tem lenda não precisa de realidade. O povo se satisfaz com a propaganda.

Agora começou a campanha para não votar nulo. Eu até apoiei, pois realmente não acredito que anular o meu voto vá melhorar algo. Analisei os candidatos. Será que dá para confiar em algum? Pode até ser que sim, mas eu confio em um que está num partido que não sabe pra que lado vai. Aliás, sabe...vai para todos.
O PMDB está do lado do Beto, mas também do PT, e tem candidatura própria.

É coisa de louco.
Na verdade estou me esforçando para ir pro lado do Greca, gosto dele. Antes não gostava porque estava com o Lerner, bandido de marca maior. Que cuidava apenas do lado nobre da cidade e fazia um monte de coisa desnecessárias. E como todo DEM que se preza, traiu e saiu de perto. Agora tá com o Requião, trabalhei com ele, e sei que mesmo com todos os defeitos, o objetivo dele é dar oportunidades para os desfavorecidos.

Mas eles estão no PMDB, que deixou de ser o MDB de guerra. Agora é o partido que tem os maiores bandidos deste país. Mas tá, vão fazer outro partido? Não rola!  

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