sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Sem saída

Por que não fazem escolas assim com preço acessíveis? A cada passo de evolução damos 3 pra trás. É muito difícil  as escolas deixarem de ser cadeias ou preparatório pra seres robóticos e ensinarem a seus alunos não somente o pensar, mas também o sentir?

As escolas estão cada vez mais caras e não correspondem aos meus desejos básicos de boa educação, não tenho escolha. Jogam um amontoado de regras, decidem qual o "padrão" que vão seguir e ou eu aceito, ou troco. Trocar pra onde? Curitiba até tem uma ou outra escola interessante, mas todas longe.

O pior é que já é a segunda escola em que coloco minha filha e ela começa a mudar seu foco depois que ela já está adaptada. Em Brasilia ela estudou numa escola maravilhosa, linda, com horta, mini zoo, piscina com direito a mini parque aquático. A mensalidade era baixa pros "padrões" brasilienses. Tínhamos acesso praticamente livre, vários finais de semana a escola era aberta aos pais, na adaptação ficávamos dentro da escola. Um verdadeiro sonho. Aí mudou o ano e trocou a direção (o detalhe é que minha filha amava a irmã que foi embora). Mas além disso a diretora nova quis mudar tudo, colocar ordem na casa. Um choque de ordem disciplinar. Que saco! Não podia mais entrar aqui, nem falar ali e fora q a Alice passava longe da figura, rsrs.
Até os finais de semana já não aconteciam mais.

Mas viemos embora pra Curitiba e aqui eu a coloquei numa outra escola. Simpatizei com ela porque tinha um aspecto acolhedor, mas também porque fui coagida por minha mãe. (Ela é uma ótima chantagista e não se entende com internet, então se ela souber disso eu irei atrás do ipê do X9). Acabei por aceitar e ela ainda está na mesma escola. E sabem o que aconteceu?

Mais uma vez a direção foi trocada, mais uma vez a pessoa quer mostrar que na gestão dela as coisas vão ser diferentes e além do mais, ainda uniram todas as escolas e transformaram em rede. Tem que seguir um padrão. Esse negócio de seguir padrão é bem a cara da classe média. Com tudo padronizado porque questionar? Como mudar? Qualquer pergunta terá uma resposta padrão...E isso me incomoda e muito.

Eu quero uma escola com diferencial. Minha filha não é padronizada e já já ela vai começar a demonstrar isso e se tornará um estorvo pra escola. Desejo pra minha filha que ela não seja apenas um peão no tabuleiro. Quero que ela tenha valores reais. Que comprar um carro zero não seja o objetivo principal de sua juventude. Que os bens materiais sejam apenas uma consequencia e não a meta.

Porém todas as escolas de classe média seguem a mesma tendência. Tem alguns aspectos que denotam cultura e saberes. Tem algumas que até falam em expressão corporal em vez de educação física, que lindo! Mas não dão liberdade. Ditam falas decoradas de manuais pedagógicos já decifrados por aqueles que questionam o mecanicismo com cara de humanismo. Jogam regras goela abaixo mas falam que a criança ali é o foco principal. Sim a criança é o foco principal, mas se ela depender apenas desse meio de aprendizagem, (o que acontece com muitos, pois os pais tbm estudaram em escolas que seguiam a mesma tendência) serão alienados. Futuros consumistas com discursos de sustentabilidade que qualquer marketeiro de meia tigela aprende.

E sabem o que é pior? Essa lavagem cerebral não custará por menos de R$400 mensais.

Claro que muitos vão discordar. Ui, regras são essenciais!

Mas como diz Rosely Sayão psicóloga e autora de "Como Educar Meu Filho? 
"Criança pequena necessita de regras porque ainda não consegue compreender princípios. Mas, à medida que ela vai crescendo, precisa aprender os princípios que regem a vida, para que as regras se tornem desnecessárias ou sejam utilizadas com autonomia e liberdade."

O problema é que ensinam apenas que regra é importante. Mas não mostram o caminho pra se livrarem dela. Atualmente vivemos num mundo tão cheio de regras que nem sabemos mais decidir o que é bom do que é obrigatório. 


Também lembrei de outra fala de uma amiga muito admirada por mim, a Sheyla, ela coordenava o AREI na SEED quando eu trabalhava lá. Um dia ela disse que "as escolas apenas refletem a sociedade em que está inserida". Então o que posso esperar? Olhem bem onde moro. Digo bom dia e recebo uma cara feia...

Tenho que ir embora mesmo!!! Mas acho que por enquanto deixo ela no mesmo lugar, porque aqui não há saída!!!


quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

A Batalha da Copel - Parte 1


Eu trabalhava com o Deputado Eli Ghellere na época. Ele tbm votou contra a Copel, brigou e defendeu o patrimônio paranaense, junto com tantos outros parlamentares e tbm como povo, que foi em peso. Sinto orgulho de ter feito parte dessa parte da história.
Vi amigos, como o Claudião, levando surra da PM. Tentei colocar outras pessoas, conhecidas ou não ali dentro para defender o que é nosso!

Precisamos desse povo unido novamente para conseguir resgatar nossa cidade, nosso estado!