sábado, 21 de novembro de 2009

Somos diferentes, mas com o mesmo coração

Já ouviram a música de campanha da Discovery Kids(canal infantil)? Somos diferentes mas com o mesmo coração? Pois é, achei absurdo. Então podemos ser diferentes desde que sejamos iguais?
É incrível como conseguem fazer uma manipulação tão facista de uma maneira tão engraçadinha, inocente.
É comum escutar: temos que aceitar o diferente; ser diferente é normal. Mas em contrapartida, quando alguém faz algo diferente é julgado e condenado, sem direito a fiança.
Não digo o “diferente normal”. Esses que vemos nos adolescentes rebeldes. Isso é clichê. Mas questionar as condutas ditadas por especialistas que dão entrevistas nos telejornais, por exemplo. Tente por exemplo dizer por aí que você é contra o óleo vegetal e prefere cozinhar com banha de porco? - Nossa, você quer matar sua família de colesterol? É, isso é ser diferente. Ou tente debater assuntos tabus; como por exemplo o aborto. Ou se é a favor – e aí você é um criminoso; ou se é contra – aí é contra o feminismo. É 8 ou 80. Ou se está certo ou errado. Ou é bom ou é mau.
Interessante, né?
A realidade é mais do que duas opções, ela é ampla. E outra coisa, o diferente é diferente. E não falo de cor, raça. Mas quem sabe de credo, idéias, gostos, de bons e maus. Esse diferente também não precisa ser aceito, como não precisa ser repudiado. Com a diferença se aprende, mesmo que sem aceitação.
O que a DK tenta fazer é impor de todas a maneiras o american way of life. Já fizeram isso, eu sei, mas agora é desde o berço e com uma mensagem que se você não prestar atenção, vai achar socialmente correta (existe algo socialmente correto? o que é certo pra uns é errado pra outros). Até parece que o objetivo é instaurar o Admirável Mundo Novo (Aldous Huxley - 1932) sem soma e sem nada, no seco. Pior que a massa achará isso o máximo. Bem, eu prefiro ser exilada!

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